Ninguém está a salvo do xeque-mate! - Cinema & Afins

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Ninguém está a salvo do xeque-mate!

Ninguém está a salvo do xeque-mate!

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Sabia que o xadrez tem muito em comum com a sociedade em que vivemos? Existem pessoas que não gostam, não sabem e não tem paciência para aprender. Eu pelo contrário gosto, sei e tenho mais paciência com as peças no tabuleiro do que com as peças no cotidiano. Parece bobagem, mas analisando bem, vejamos:

O tabuleiro é dividido numa óptica completamente norte-americana, ou seja, monocromática: de um lado estão os bons e do outro estão os maus. Índios e cowboys. Pretos e brancos. Ocidentais e muçulmanos. Quer um lado quer o outro têm a mesma legitimidade no tabuleiro embora cada lado ache que tem mais legitimidade que o outro.

Em cada lado do tabuleiro encontramos duas linhas de peças. Na linha da frente todos as peças são iguais e têm como objectivo proteger as peças da linha de trás. Por isso mesmo são normalmente as peças da frente a levar a maior parte da porrada. Na linha de trás as peças são diferentes entre si e também possuem habilidades diferentes. O objectivo das peças da linha recuada é safarem-se o melhor que puderem enquanto a mama não acabar. A análise de cada peça dá-nos a real dimensão do gênio persa ao inventar este jogo:

Os Peões (que representam o povo) ocupam toda a linha da frente movendo-se vagarosa e penosamente sempre a direito, sem hipótese de recuar, em direcção ao fundo do tabuleiro na vã esperança de se transformarem noutra peça qualquer. Escusado será dizer que raramente atingem esse objectivo, acabando sacrificados e comidos a meio do percurso.

Os Bispos (que representam a santa igreja) ladeiam as duas peças mais importantes do jogo e movem-se livremente pelo tabuleiro, embora sempre de um modo enviezado: os seus movimentos nunca são frontais.

Os Cavalos (também conhecidos por bestas, ou alimárias) são os políticos. Têm uma progressão esquisita no tabuleiro. O seu movimento em «L» faz com que seja pouco claro para onde vão a seguir. São as únicas peças que têm a capacidade de saltar indiscriminadamente por cima das outras.

As Torres (que representam o funcionalismo público) encontram-se nas extremidades do tabuleiro e estão entaladas entre os políticos e o povo. São as peças mais previsíveis da sua fileira: movem-se linearmente para trás e para a frente, para a direita e para a esquerda, conforme lhes convém ou lhes é permitido.

A Rainha (que simboliza o governo) é a peça mais exuberante do xadrez. E a mais perigosa também, devido à sua capacidade de se mover a seu bel prazer para todo o lado e à velocidade que lhe der mais jeito. Todo este ecletismo torna a Rainha na mais feroz defensora do seu Rei.

Finalmente temos o Rei, a peça mais importante do jogo, que simboliza a Mama: quando acaba a mama acaba o jogo. Por isso, o Rei é a peça que todas as outras tentam proteger.
Enfim, algumas peças protegem mais a mama que outras... mas isso já os persas sabiam quando inventaram o jogo.


Também serve para nos lembrar que "the clock is ticking" e que um "cheque" nos faz ganhar, nem que isso nos "mate".

Quer jogar? Aqui você pode jogar com pessoas de qualquer lugar do mundo.
____

[Coluna da dika]

3 comentários:

Cruela Veneno da Silva disse...

o rei é um fanfarrão... isso sim...

se move para onde quer, mas um passo por vez...

na visão feminista... a rainha dá um duro pra sustentar o malandro.

beijos

Tyler Bazz disse...

Já me peguei pensando sobre essa representação do xadrez... é bem interessante mesmo...

o/

Anônimo disse...

Olá,
obrigado pelo comentário la no crying a dream ^^
Olha, tbm gostei do seu templates, mas se quizer partir pra um blog proficional me procura
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=9602748121205033849
^^
flw!

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